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Cinco cuidados essenciais com a saúde das crianças nas férias

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Com a chegada das férias escolares e das altas temperaturas, aumentam os passeios, as viagens e as atividades ao ar livre. Nesse período, as crianças ficam mais expostas a riscos como desidratação, insolação e infecções virais. Uma pesquisa indexada no PubMed aponta que períodos de calor intenso afetam especialmente crianças menores de nove anos. O estudo mostra que um aumento de 5 °C na temperatura pode aumentar as internações em até 4,6%.
 
A médica pediatra do Departamento de Saúde Escolar dos colégios da Rede Positivo, Andrea Dambroski, reforça que atenção e prevenção são fundamentais. "Durante as férias, é preciso redobrar os cuidados e a supervisão das crianças, tanto em ambientes externos quanto dentro de casa"”, alerta a especialista. A seguir, ela lista os principais riscos e indica cuidados para garantir férias mais seguras:
 
1- Desidratação
Manter a hidratação adequada é essencial, especialmente porque crianças pequenas perdem mais líquido pelo suor e, muitas vezes, esquecem de beber água enquanto brincam. "É importante oferecer água com frequência, mesmo que a criança não peça", orienta a pediatra.
Sinais como urina escura, sonolência, lábios secos ou diminuição das micções podem indicar desidratação. Em casos de vômitos ou diarreia, o soro de reidratação oral pode ser utilizado em pequenas quantidades várias vezes ao dia. Se houver olhos fundos, apatia ou redução significativa da urina, é necessário buscar atendimento médico.
 
2- Insolação
A insolação é mais comum em dias muito quentes, especialmente após longos períodos de exposição solar. "Os responsáveis devem estar atentos aos riscos da exposição excessiva ao sol, principalmente sem a proteção adequada", destaca a médica. A recomendação é evitar o sol entre 10h e 16h e aplicar o protetor solar pelo menos 30 minutos antes da exposição.
 
Roupas leves, chapéu, pausas na sombra e moderação nas atividades físicas contribuem para a prevenção. Em casos de pele muito quente, vômitos persistentes, confusão mental ou desmaios, o atendimento deve ser imediato.
 
3- Queimaduras de sol
A fotoproteção diária é indispensável no verão. As queimaduras solares, além de causarem dor, podem provocar bolhas e aumentar o risco de câncer de pele. Bebês menores de seis meses devem ser protegidos principalmente com sombra, roupas adequadas e chapéu. Para crianças maiores, o protetor solar deve ser indicado para a faixa etária, com FPS acima de 30, e reaplicado a cada duas horas ou após entrar na água.
 
"O uso do protetor solar deve sempre seguir orientação médica, pois existem produtos específicos para cada idade, o que reduz o risco de alergias e reações adversas", explica a médica.
 
4- Gastroenterites e vírus respiratórios
O calor e os ambientes coletivos favorecem a circulação de vírus gastrointestinais e respiratórios. Lavar as mãos com frequência, manter os ambientes arejados e evitar contato próximo com pessoas doentes são medidas essenciais de cuidado com a saúde.
 
Durante viagens e passeios, o consumo de alimentos fora de casa aumenta. Por isso, é importante escolher estabelecimentos confiáveis, priorizar alimentos bem cozidos e evitar aqueles que exigem refrigeração constante, como laticínios e ovos. "Manter uma alimentação equilibrada fora de casa exige planejamento, incluindo lanches nutritivos e boa hidratação", orienta a pediatra.
 
Antes de viajar, também é recomendável revisar a caderneta de vacinação da criança. Vacinas em dia ajudam a reduzir as complicações de doenças comuns no verão. Em viagens internacionais, é importante verificar as recomendações específicas do destino.
 
5- Acidentes em casa
Traumas, queimaduras, quedas, afogamentos e ingestão de substâncias tóxicas estão entre os acidentes mais comuns durante as férias, e muitos deles podem ser evitados. Medidas simples incluem proteger as tomadas; manter medicamentos e produtos de limpeza fora do alcance; instalar telas em janelas e sacadas; evitar o manuseio de líquidos quentes perto das crianças; virar os cabos das panelas para dentro do fogão; manter baldes, tanques e vasos sanitários fechados; e nunca deixar a criança sem supervisão de um adulto.
 
Quando buscar atendimento médico?
Os responsáveis devem procurar atendimento sempre que a criança apresentar vômitos persistentes, diarreia com sangue, dificuldade para respirar, febre alta que não cede, prostração, convulsões ou sinais de desidratação intensa. "Nessas situações, manter a calma e acionar o serviço de emergência quanto antes é fundamental", reforça a especialista.
 
(Por: Central Press)