(Foto: Divulgação)
Sergipano nascido na cidade serrana de Itabaiana, Robério Santos desde o ano de 2013 ocupa a Cadeira 15 da Academia Itabaianense de Letras (AIL), cuja patronagem é do fotógrafo João Teixeira Lobo, o 'Joãozinho Retratista'. Ele foi peça-chave na Bienal do Livro de Itabaiana em 2011 e lançou a página “Itabaiana Grande” no Facebook, que ainda administra com vigor.
Estudou Letras (modalidade Espanhol) na Universidade Federal de Sergipe (UFS), e desde então segue exercendo múltiplas funções: professor de espanhol, jornalista, cineasta, fotógrafo e pesquisador cultural. Se não bastassem tantas ocupações, Robério também é fundador da revista OMNIA e cofundador do extinto periódico Carta Serrana.
Ao longo dos anos, Robério também tem se destacado por seu trabalho árduo de recuperação de placas fotográficas antigas, especialmente dos mestres da fotografia itabaianense: Miguel Teixeira da Cunha, Percílio da Costa Andrade e João Teixeira Lobo . Ele também recuperou e valorizou o acervo amador de José Paulo Oliveira, o 'Paulinho do Doce'. Em 2012, participou do projeto 'Conversando Fotografia' no SESC, onde sua dedicação à preservação e restauração de negativos de vidro foi amplamente elogiada.
Robério Santos é autor de pelo menos 30 livros sobre cultura nordestina e cangaço. No YouTube, apresenta o 'O Cangaço na Literatura', canal que ultrapassou a faixa de 330 mil inscritos e já soma mais de 60 milhões de visualizações. No canal, viajou por mais de 17 estados, percorreu cerca de 170.000 km, entrevistou familiares de cangaceiros, visitou cemitérios, sítios e memórias afetivas do sertão. Ele busca não romantizar, mas contextualizar historicamente, lembrando que “o maior vilão do Nordeste foi a fome”, não apenas os cangaceiros.
Robério trabalha como consultor histórico em projetos da TV Globo, incluindo a novela 'Guerreiros do Sol', que estreou a pouco mais de uma semana na Globoplay, projeto executado em parceria com o historiador Frederico Pernambucano de Mello. Por duas vezes, também atuou como consultor do projeto Júri Épico, na cidade pernambucaba de Petrolina.
Seu livro 'Marca', lançado no ano de 2020, será adaptado para o cinema, tendo no elenco o renomado ator Jackson Antunes, direção assinada por Rogério Sagui, e a atriz global Isadora Cruz como protagonista feminina. A continuação literária da obra 'Marca e o livro 'Bolero' (previsto para 2026), podem também enveredar para a tela grande, formando uma possível trilogia.
Ainda para este ano de 2025 e para o próximo, Robério estará finalizando o livro 'O Santo e o Cangaceiro', obra que dará enfoque na relação entre Lampião e Padre Cícero.
Em resumo, Robério Santos é um sergipano multifacetado: escritor de ampla produção sobre o Nordeste e o cangaço, fotógrafo de valioso acervo histórico, professor, jornalista, cineasta, acadêmico e consultor cultural para grandes mídias. Com raízes profundas em Itabaiana, lidera iniciativas que resgatam histórias, memória visual e tradições locais, projetando-as para o Brasil e o exterior.
Originalmente colaborando para o @ocangaconaliteratura, hoje Robério continua expandindo seu legado cultural, criando, pesquisando e divulgando, provando que sua voz permanece essencial na literatura, na imagem e no sertão.
Entrevistado pelo Bacanudo.com, Robério Santos citou gentilmente algumas das suas preferências cotidianas, independentemente das tarefas e compromissos profissionais. Conheça!
*Meu livro - "Contato", de Carl Sagan.
*Meu filme - "Deus e o Diabo na Terra do SOL", de Glauber Rocha.
*Minha música - "Um Girassol da Cor de seu Cabelo", de Lô Borges.
*Minha cidade - Itabaiana (SE).
*Minha cara - Ser sempre sincero.
*Minha bebida - Água de pote.
*Minha comida - Cuscuz.
*Minha estação do ano - O verão.
*Meu paraíso - A minha biblioteca.
*Minha fraqueza - A solidão.
*Meu pecado - O da gula.
*Meu vício - Ler.
*Meu medo - De ficar cego.
*Minha flor - Girassol.
*Meu esporte - Xadrez.
*Meu lazer - Namorar muito.
*Minha etiqueta (comportamento) - Educação.
*Meu cheiro - O mais natural possível.
*Meu ídolo - Meu pai Pedro (que Deus já levou para perto).
*Meu sonho - Realizei todos. Principalmente ser escritor!
*Minha inspiração - A minha namorada Gaby.
*Meu arrependimento - De não ter começado mais cedo com a literatura.
*Meu compositor - Belchior, sempre.
*Meu restaurante - 'Calumbi', em Sergipe.
*Minha paisagem - Do sertão.
*Minha indiferença - Para a politicagem.
*Meu exagero - Bondade.
*Minha impaciência - Para pessoas falsas.
*Meu lugar no mundo - O mais correto possível.
*Meu lugar na casa - Com a cara enfiada no computador, escrevendo.