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Cá Entre Nós - Adélia Sampaio

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Foto: Divulgação


 
Considerada  a primeira cineasta negra a dirigir um longa-metragem, a diretora Adélia Sampaio marcou o cinema nacional e tem uma importância  ímpar para o cinema brasileiro. Ela iniciou no segmento da sétima arte no auge do 'Cinema Novo', movimento cultural que agitou os anos 70, antes mesmo da retomada do cinema acontecida nos anos 90, mas, infelizmente, a sua história ainda é pouco contada. 
Adélia sempre transportou para os seus filmes temáticas  como o amor, a violência e os problemas  sociais, edificando um cinema brasileiro como espaço de pertencimento e de referências da história. Filha de empregada doméstica, criada em um asilo, Adélia Sampaio construiu a sua trajetória como cineasta, graças a determinação, a força e afé que sempre manteve vivas.
Esta semana ele vai estar em Aracaju, como convidada especial da "Egbé - 2ª Mostra de Cinema Negro de Sergipe", que começa neste sábado, 22 e se estenderá até o dia 28 de abril, trazendo para o público sergipano filmes vindos de todo o país. São produções que representam e discutem a vivência do negro nos espaços doméstico, acadêmico, político, artístico, cultural, entre tantos outros. Ela falará sobre seus filmes, sobre o cinema nacional, sobre sua trajetória e sobre os desafios em ser uma mulher negra, que mantém um currículo vasto como diretora e produtora. Entre suas produções estão “Denuncia Vazia” (1979), “Amor Maldito” (1984), primeiro filme lésbico nacional, e o “AI-5 - O dia que não existiu” (2001,) em parceria com o jornalista Paulo Markum, produzido pela TVCultura e TV Câmara.
Entrevistada exclusiva pelo BACANUDO.COM, que com muita satisfação conversou com essa amiga de anos, de coração e alma nobres, que ama Aracaju e mantém alguns amigos aqui na capital dos sergipanos, Adélia Sampaio desnudou algumas das suas preferências. Desfrute! 
 
*Meu livro - "Pentimento", de Lillian Hellman.
*Meu filme - "Amarcord", dirigido pelo cineasta italiano Federico Fellini.
*Minha música - "Travessia", Milton Nascimento.
*Minha cidade - Rio de Janeiro.
*Minha cara - Olhar pro nada.
*Minha bebida - Campari.
*Minha comida - Mineira.
*Minha estação do ano - O verão.
*Meu paraíso - Estar com os meus netos.
*Minha fraqueza - Pé-de-moleque.
*Meu pecado - Confiar até a terceira página.
*Meu vício - Assistir filme em DVD em média três vezes.
*Meu medo - De virar vegetal.
*Minha flor - Orquídea.
*Meu esporte - Andar de triciclo na orla do Rio de Janeiro.
*Meu lazer - Receber amigos em casa.
*Minha etiqueta - Prefiro sem etiqueta. Livre.
*Meu cheiro - Alfazema.
*Meu ídolo - Miguel Falabella.
*Meu sonho - Ver o país crescer sem roubalheiras.
*Minha inspiração - Os meus dois filhos. Avancei na vida por eles.
*Meu arrependimento - Não ter estado mais próxima da minha irmã Eliana Cobbett. 
*Meu compositor - Milton Nascimento.
*Meu restaurante - La Fiorentina, no Rio de Janeiro.
*Minha paisagem - De cima do Cristo Redentor. 
*Minha indiferença - Para pessoas homofóbicas. 
*Meu exagero - Tentar ser sempre certinha.
*Minha impaciência - Para lidar com pessoas radicais. 
*Meu lugar no mundo - No cinema. Por isso briguei tanto.
*Meu lugar na casa - Meu quarto, minha Berger e um filme.